domingo, 27 de outubro de 2013

FORMATO

Adaptação: Paulo Afonso Grisolli e Wilson Rocha
Direção-geral: Geraldo Casé
Supervisão: Edwaldo Pacote
Período de exibição:07/03/1977 – 31/01/1986
Horário: 17h25; 16h45 (com reprise às 8h)
Periodicidade: segunda a sexta 
A série, dirigida especialmente ao público infantil, foi resultado de um convênio entre a  Globo, a TV Educativa e o Ministério da Educação e Cultura.
Sítio do Picapau Amarelo unia entretenimento a um conteúdo de informação e instrução, sem adotar uma linguagem didática. Os capítulos tinham cerca de 30 minutos de duração. O conteúdo rural, característica da produção de Monteiro Lobato, foi conservado, permitindo criar uma ligação maior das crianças com a natureza.
As histórias criadas por Monteiro Lobato – que publicou o primeiro livro da série em 1920 – se passam no Sítio do Picapau Amarelo, onde diversos personagens vivem histórias mágicas, protagonizando aventuras inesquecíveis. No sítio, moram a esperta e sábia Dona Benta (Zilka Sallaberry); sua neta Lúcia, mais conhecida como Narizinho (Rosana Garcia/Daniele Cristina Rodrigues), e a cozinheira Tia Nastácia (Jacyra Sampaio), uma quituteira de mão-cheia. Faceira e cheia de sonhos, Narizinho tem como parceira fiel na hora da diversão a boneca de pano Emília (Dirce Migliaccio/Reny Oliveira), feita por Tia Nastácia. Tia Nastácia é o braço direito de Dona Benta. Conhecida por suas irresistíveis guloseimas, adora contar um causo e falar sobre suas experiências pessoais.
A doce Narizinho cria um mundo de fantasias onde brinca, aprende e se diverte. Durante uma de suas aventuras pelo Reino das Águas Claras, a boneca Emília toma uma pílula e começa a falar, transformando-se numa boneca esperta e cheia de ideias, que quer saber todos os “porquês” da vida. Meio boneca, meio gente, Emília é tagarela e cheia de personalidade, e sempre encontra a forma ideal para solucionar os problemas que aparecem em seu caminho.
Durante as férias escolares, a rotina de Narizinho muda inteiramente. Seu primo Pedrinho (Júlio Cezar/Marcelo José Patelli), que estuda na cidade onde vive com sua mãe, vai para o sítio, e os dois encaram aventuras ainda mais incríveis. Além deles, outros personagens que habitam o sítio e os acompanham em suas peripécias são o irreverente Saci Pererê (Romeu Evaristo), a malvada Cuca (Dorinha Duval/Stella Freitas) e o atrapalhado Visconde de Sabugosa (André Valli), este último feito por Tia Nastácia, que usou uma espiga de milho velha para criar um amigo para Pedrinho. Por ter sido esquecido por um bom tempo no meio dos livros, o Visconde adquire uma admirável sabedoria e torna-se intelectual e cientista. Sábio e desenvolto, ele tem algumas dificuldades para lidar com a realidade cotidiana. Já a assustadora Cuca quer sempre atrapalhar a felicidade das crianças.
Completam a turma o Tio Barnabé (Samuel Santos), Zé Carneiro (Tonico Pereira), Garnizé (Canarinho), João Perfeito (Ivan Senna) e Seu Elias (Germano Filho/ Francisco Nagen). Nesse universo que mistura fantasia e realidade, Narizinho e Pedrinho se divertem, aproveitando a infância. Alguns episódios levados ao ar no primeiro ano de exibição do programa foram A Cuca Vai PegarJoão Faz de Conta eO Terrível Pássaro Roca

CURIOSIDADES

Adaptação: Paulo Afonso Grisolli e Wilson Rocha
Direção-geral: Geraldo Casé
Supervisão: Edwaldo Pacote
Período de exibição:07/03/1977 – 31/01/1986
Horário: 17h25; 16h45 (com reprise às 8h)
Periodicidade: segunda a sexta 
Sito do Picapau Amarelo foi adaptado pela primeira vez para a televisão em 1952, na TV Tupi. O programa ficou 11 anos no ar e foi um grande sucesso da emissora. Em 1964, o infantil ganhou uma versão na TV Cultura de São Paulo e, em 1967, na TV Bandeirantes.
Assim como tiveram a preocupação de respeitar a obra de Monteiro Lobato, os autores procuraram aproximar o programa da realidade e da linguagem da época, não esquecendo as diferenças entre o Brasil de 1977 e o da década de 1930. Era preciso manter o aspecto rural, sem esquecer a grande parcela da população infantil das cidades grandes, para quem a informação sobre o meio urbano também era importante. Para isso, o personagem Pedrinho tornou-se a ligação do sítio com a cidade.
Como exemplo de preocupação com a atualidade dos episódios, o diretor Geraldo Casé conta que colocou um aparelho de televisão na sala de Dona Benta, embora nem sempre estivesse ligado. Mesmo com as intervenções, o programa procurava ser atemporal. Houve ainda a preocupação de não urbanizar demais a parte rural, para que não fosse perdido o contraste por que passa uma criança que sai do centro urbano e vai para um sítio.
Em entrevistas na época da estreia do programa, Wilson Rocha, um dos redatores da série, ressaltou a tentativa de recuperar palavras e expressões favoritas de Monteiro Lobato. Para isso, o programa contava com o apoio de uma equipe especializada em linguística, ciência, educação, psicologia, pesquisa e sociologia, e a seleção do conteúdo de cada capítulo era feita pelos autores e pelo grupo de apoio pedagógico.
Zilka Sallaberry contou que, inicialmente, não gostou de ser convidada para interpretar a simpática Dona Benta. A atriz não achava possível dar vida a uma personagem tão diferente dela, uma senhora calma, que vive em um pacato sítio no interior: Zilka não conseguia passar um final de semana longe da cidade, não gostava muito do contato com a natureza. Como as gravações do programa seriam feitas em um sítio especialmente planejado para a série, em Barra de Guaratiba, na zona oeste do Rio, ela ficou desesperada. Mas não teve como recusar o papel. No primeiro dia de gravação, no entanto, Zilka se apaixonou pela personagem, uma das mais marcantes de sua trajetória profissional, e conquistou o coração do público.
José Mayer, num de seus primeiros trabalhos na TV Globo, dublou o personagem Burro Falante, substituindo o ator Ivan Setta. Ary Coslov, diretor de várias novelas e outros programas da TV Globo, fazia o personagem Jabuti no programa.
Em outubro de 1982, foi ao ar o especial musical Pirlimpimpim, como parte das comemorações do centenário de nascimento de Monteiro Lobato, com a participação dos personagens do Sítio do Picapau Amarelo. Em outubro de 1984, houve uma segunda edição do especial, chamadaPirlimpimpim II, que também contou com a participação do pessoal do Sítio.
A partir de março de 1977, o programa passou a ser reprisado às 9h.
Em julho de 1996, o programa infantil TV Colosso (1993) passou a reprisar diariamente alguns dos melhores episódios do Sítio do Picapau Amarelo. Antes disso, em outubro de 1994, a TVE reapresentou algumas histórias da série.
No ano de 2001 começou a ser exibida na Globo a segunda versão do programa, que levou o mesmo nome: Sítio do Picapau Amarelo.
O programa foi vendido para diversos países, entre eles Chile, Colômbia, Guatemala, Itália, Nicarágua, Paraguai e Portugal. Angola também foi um dos países que adquiriu o Sítio do Picapau Amarelo, em 1979.
Em dezembro de 1979, a Unesco elegeu Sítio do Picapau Amarelo um dos melhores programas infantis do mundo.
A Globo Marcas lançou em DVD três histórias apresentadas no programa: Memórias de EmíliaO Minotauro e Reinações de Narizinho. Essa trama começa com um pesadelo de Pedrinho (Marcelo José), no qual Narizinho (Daniele Rodrigues) reencontra os habitantes do Reino das Águas Claras e sai à procura de um tratamento que desfaça o feitiço que transformou Emília (Reny de Oliveira) novamente em uma boneca muda e sem vida.

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