sábado, 19 de outubro de 2013

Mais um vídeo....Passeio pela Casa onde era Gravado o Sítio

O triste fim do Sítio do Picapau Amarelo







Visitar o local onde eram gravadas as cenas do "Sítio do Picapau Amarelo", de 1977 a 1986, em Barra de Guaratiba, é fazer uma melancólica viagem ao passado. Em vez do belo sol nascente, dos rios de prata e do voo sideral pela mata, descritos na canção de Gilberto Gil que ficou eternizada como tema de abertura da série, as imagens são de abandono e vandalismo. Uma fonte de água se transformou em depósito de aparelhos de TV velhos, a entrada da caverna de Cuca virou lama e o varandão de Dona Benta é só lixo e limo.

Para entrar no sítio, é preciso vencer um caminho cheio de lama e mato. O cenário piora à medida em que se avança. As paredes laterais do casarão estão pichadas e a pintura, envelhecida. A estrutura que cobria a varanda já não existe, deixando o imóvel bastante exposto às chuvas. A maioria das janelas não tem mais vidros. Em seu lugar, há tábuas de madeira sobrepostas.





Os azulejos de cor laranja na entrada da casa e a janelinha no alto, próxima ao telhado, são os detalhes que sobraram da pomposa estrutura montada pela Rede Globo nos anos 70. Na época, a emissora alugou o imóvel e o remodelou para que tivesse as características descritas por Monteiro Lobato em sua obra.




Atualmente, vive no local um senhor chamado Nivaldo da Cruz, de 70 anos. Ele conta que o pai, já falecido, alugou o local para as filmagens.

— Hoje, não tenho dinheiro para cuidar da casa — diz.

Segundo os vizinhos, depois do falecimento dos proprietários, os filhos não se interessaram pela manutenção do imóvel. Eles contam ainda que o local já foi invadido por desabrigados da região, que só aumentaram sua deterioração.





Fãs lamentam e sonham com restauração
Local que serviu de cenário para filmagens do programa da TV Globo entre 1977 e 1986 virou sinônimo de abandono, sujeira e vandalismo

Belo sol nascente, rios de prata, voo sideral pela mata, país da fantasia... Difícil esquecer as imagens descritas por Gilberto Gil na canção “Sítio do Picapau Amarelo”, eternizada como tema de abertura de uma das séries de maior sucesso da televisão brasileira.

Porém, os belos cenários que marcaram as travessuras de Narizinho, Pedrinho e Emília na primeira versão transmitida pela Rede Globo, entre 1977 e 1986, hoje só existem nas lembranças de quem assistiu a algum dos mais de 60 episódios dessa fase. No sítio onde era gravada a maioria das cenas, em Barra de Guaratiba, uma fonte de água se transformou em depósito de aparelhos de TV velhos. A entrada da caverna de Cuca virou lama. E o varandão de Dona Benta é só lixo e limo.

Para entrar no sítio, é preciso vencer um caminho cheio de lama e mato. O cenário piora à medida em que se avança. As paredes laterais do casarão estão pichadas e a pintura, envelhecida. A estrutura que cobria a varanda já não existe, deixando o imóvel exposto às chuvas.

A maioria das janelas não tem mais vidros. Em seu lugar, há tábuas de madeira sobrepostas.
Os azulejos de cor laranja na entrada da casa e a janelinha no alto, próxima ao telhado, são os detalhes que sobraram da pomposa estrutura montada pela Rede Globo nos anos 70. Na época, a emissora alugou o imóvel e o remodelou para que tivesse as características descritas por Monteiro Lobato em sua obra.

Para isso, foi necessário construir curral, galinheiro e pomar, além da casa do Tio Barnabé.
Atualmente, vive no local um senhor chamado Nivaldo da Cruz, de 70 anos. Ele lembra que o pai, já falecido, alugou o local para as filmagens.

— Hoje, não tenho dinheiro para cuidar da casa — diz.

Segundo os vizinhos, depois do falecimento dos proprietários, os filhos não se interessaram pela manutenção do imóvel.

Eles contam ainda que o local já foi invadido por desabrigados da região, que só aumentaram sua deterioração.

O jornalista Carlos DeLaet e a psicóloga Katherine Lima lideram um movimento na internet para tentar restaurar o imóvel.

Eles procuram alternativas para resgatar os belos detalhes do local em parceria com empresários e os atuais donos. A comunidade do “Sítio do Picapau Amarelo” no Orkut tem mais de 12 mil membros. O tópico sobre a péssima situação do local tem 382 comentários.

— Tenho o sonho de ir lá. Pode estar caindo aos pedaços, mas é o “Sítio” que vi na minha infância — diz Gláucio Alberto, em um comentário na rede.

Maria José Galdino teve a oportunidade de conhecer bem o sítio. Ela, que trabalha num restaurante perto do imóvel, guarda um vaso usado no programa, no qual chegou a trabalhar como figurante.

— Até hoje as pessoas me perguntam sobre o sítio. Um casal de São Paulo veio aqui só para tirar fotos — informa.

Vera Lúcia da Silva, moradora do bairro há quatro décadas, conta, orgulhosa, que seu filho também atuou como figurante do “Sítio do Picapau Amarelo”: ele participou do episódio “Circo de cavalinhos”.

— Na época, eu tinha um restaurante por aqui, que vivia cheio de atores e produtores — diz Vera, com saudade.



Quem também se lembra do período com carinho é a atriz Lucinha Lins, que fez uma participação no “Sítio do Picapau Amarelo” como Rapunzel: — Foi uma época inesquecível.
Lembro de ter conhecido o local. Era encantador, verdadeiro. É uma pena que tenham perdido o interesse pelo espaço.

Para o ator Tonico Pereira, intérprete do Zé Carneiro, o sítio de Barra de Guaratiba tinha “ares mágicos”: — O clima era maravilhoso. Lembro que fiz uma casinha de chocolate para minha filha que era igual à do sítio. O lugar tinha um ar doce — afirma o ator, que gostaria de ver o local aberto à visitação.

Morador da área, Matheus Calixto, de 13 anos, não viu o programa de TV, mas sabe as histórias do passado.

— Escolas organizavam passeios ao sítio. Seria ótimo isso acontecer outra vez — diz.





Devolvam o nosso Sítio!

Sítio do Picapau Amarelo anos 80 - O Minotauro - Download

No sítio do Picapau Amarelo tudo é possível. A Fantasia se mistura com a realidade, fazendo parte do cotidiano da menina Narizinho e de seu primo Pedrinho. E são com personagens adultos que as crianças compartilham suas aventuras num mundo fantástico onde transitam a boneca Emilia, o Visconde de Sabugosa, o Saci Pererê, a Cuca, a Iara e outros personagens fantasiosos.
Episódio O Minotauro - Até quando poderá durar a tranqüilidade no sítio de Dona benta? Cercada por todos, ela inicia mais uma sessão de história, e o assunto escolhido é a Grécia, o teatro, a comédia e a tragédia são logos lembrados, como não podia deixar de ser a mitologia grega surge logo na conversa. Pedrinho, sempre muito interessado em saber de tudo pede à avó que conte a história do Minotauro, a criatura com corpo de homem e cabeça de touro. Dona Benta começa a falar o que sabe sobre mitologia grega, quando uma estranha visita chega ao sítio e consegue levar tia Nastácia para bem longe dali... 

Link Torrent _1,36 GB:







Link Torrent_1,36 GB :


Disco do Sítio do Pica-Pau Amarelo 1977 ( só clicar no link abaixo da imagem)

Pra baixar click aqui!!
floatie_007.gif
PIRLIMPIMPIM!


























O sítio do Pica Pau Amarelo


...Era uma vez um homem que contava historias, falando das maravilhas de um mundo encantado, que só as crianças podiam ver.
Mas esse homem que falava as crianças, também dessas maravilhas que fez todas as pessoas se encantarem. Pelo menos as pessoas que cresceram por fora, viraram crianças em seus corações.
Ele aprendeu tudo isso com a natureza, em lugares como esse sitio onde ele viveu.
Há quem diga, que foi aqui, que ele aprendeu, todas as maravilhas que levou para os livros.
Há quem diga, que elas ainda moram aqui, entre as paredes dessa casa.
Há quem diga que quem entrar aqui, poderá, talvez encontrar, um por um, todos os sonhos e encantos e maravilhas, junto a saudade.
A grande saudade que ela guarda, de um grande homem que soube falar as crianças.




Só poderia ter vindo de uma mente brilhante, a criação de uma obra que se tornara grandiosa e clássica, a ponto de conquistar a admiração de todos, além de emocionar e mexer com o imaginário fantástico, estimulando crianças e adultos.

Monteiro lobato, é sem dúvida, o pai da emoção literária das crianças brasileiras. Talvez, até, em certos casos, também das crianças do mundo.

Sua obra de maior grandiosidade, ainda atravessa gerações e consegue se adaptar aos novos tempos. O Sitio do Picapau Amarelo, ainda consegue conquistar as crianças de nossa atualidade e trazer a fantasia, de volta, para os adultos que um dia também foram crianças.


Personagens fantásticos, misturados com personagens do folclore brasileiro, vivendo um mundo de fábulas. Com histórias que traziam fadas, príncipes e bruxas. Uma idéia, que não poderia ser melhor, para estimular a imaginação de todos e fazer a gente desejar, sentir e conhecer os grandes ícones dessa história maravilhosa.



Quem não queria embarcar nas peripécias, ousadias e armações da boneca de pano, Emília?!


Quem não queria conhecer Pedrinho, aquele garoto determinado, corajoso e aventureiro?!



Quem não queria está ao lado e fazer carinho, em Narizinho, uma doce menina e seu mundo de sonhos?!



Quem não queria aprender, conhecer e admirar de perto o sábio Visconde, um sabugo de milho que contrasta com seu grande intelecto?!



Quem não queria comer os doces e quitutes da maior e melhor cozinheira do Brasil, chamada tia Nastácia?!



Quem não queria, envolvidos pelos seus braços, escutar as histórias, de uma grandiosa e culta figura, chamada Dona Benta?!

Quem não queria visitar a gruta da cuca, só pra dá uma olhadinha, sem ela perceber, claro que com a Emília por perto, pois só a Emília que tem coragem de enfrentá-la!


Quem não queria colocar o saci na garrafa?!



Seria genial, que através do “faz de conta”, a gente viajasse para esse mundo chamado sítio do pica pau amarelo, e pudesse está ao lado, mesmo que um momento, desses personagens imortais do grande mestre, Monteiro Lobato.

Texto de:
Sérgio Teixeira




O Sítio do Picapau Amarelo é uma obra, das mais originais da literatura infanto-juvenil no Brasil e o primeiro livro da série foi publicado em Dezembro de 1920. A partir daí, Monteiro Lobato continuou escrevendo livros infantis de sucesso, com seu grupo de personagens que vivem histórias mágicas: Emília, Narizinho, Pedrinho, Marquês de Rabicó, Conselheiro, Quindim, Visconde de Sabugosa, Dona Benta, Tia Nastácia, Tio Barnabé, Cuca, Saci, etc. Os personagens principais moram ou passam boa parte do tempo no sítio pertencente à avó dos garotos, batizado com o nome de Picapau Amarelo, de onde vem o título da série. A canção-tema foi composta por Gilberto Gil.



Foi em 1976, que o programa começou a ser idealizado na Rede Globo. E teve sua estréia em 07 de março de 1977. Como locação, precisamente, foi a conhecida casa, situada em Barra de Guabiraba, no Rio de Janeiro.


O impressionante é que a casa era pequena, mas no ar, dava a impressão proposital, que tinha muito mais cômodos. A casa real, tinha horta, animais, como num sítio de verdade, mas as cenas internas eram filmadas na Cinédia em Jacarepagua.



Autores e diretores do programa tiveram o cuidado de preservar a obra original de Monteiro Lobato. As alterações foram apenas, em relação a linguagem contemporânea daquele ano, além de parte rural do programa.



O personagem Pedrinho era o elo de ligação entre o universo rural da série, vindo de contraste com as experiências do personagem que vinha da cidade grande, para passar as férias no sitio da avó Benta. Nesta questão, o diretor Geraldo Casé, teve uma preocupação maior em não urbanizar demais a série, adaptando-a a época atual, estimulando a admiração do telespectador, sem correr o risco de perder a essência rural do original de Monteiro Lobato.



“Don Quixote” foi o episodio piloto que estreou na TVE em 7 de março de 1973, produção especifica como teste de audiência, tendo praticamente o mesmo elenco da versão estreada em 1977. O sucesso do piloto, fez com que a produção do “Sitio do Picapau Amarelo” começasse em 1976, porém, teve sua estréia no ano seguinte, precisamente em 7 de março de 1977, exibido sempre de segunda a sexta-feira, às 17:45h com reprise às 09:00h. a equipe de produção viria com uma proposta inicial de 265 episódios, que rapidamente foram aumentados por conta do grande sucesso da série, que acabou durando 9 anos no ar, com 1.436 capítulos, chegando a ganhar um premio da UNESCO, como melhor programa em 1979.



Os primeiros bonecos do programa foram criados por Ruy de Oliveira e Marie Loise Néri, os figurinos cuidadosamente criados para dar um ar contemporâneo sem muita modernidade foi desenvolvido por Arlindo Rodrigues que também era responsável pelos cenários.



Durante os nove anos de exibição o programa sofreu várias modificações de elenco, autores e diretores, tendo sempre a direção geral de Geraldo Case. Principalmente em relação as crianças que faziam os personagens Pedrinho e Narizinho, ao longo dos anos, eles cresciam e tinham que ser trocados por atores crianças. Durante esse período de 1977 a 1986, o programa contou com:



Júlio César que foi o primeiro Pedrinho da produção da Rede Globo e atuou de 1977 a 1980. Júlio César foi substituído por Marcelo José (Pedrinho de 1981 a 1984) e Daniel Lobo foi o Pedrinho de 1985 e 1986.



As atrizes que interpretaram Narizinho, foram: Rosana Garcia (Narizinho de 1977 a 1980), Daniele Rodrigues (Narizinho de 1981 e 1982), Isabela Bicalho (Narizinho de 1983 e 1984) e Gabriela Senra (Narizinho de 1985 e 1986). Daniele Rodrigues concluiu toda temporada de 1982, dá qual o ultimo episódio foi "Reinações de Narizinho". Daniele estava deixando o Sítio devido à tranferencia de trabalho do padrasto, o que levou a família toda a se mudar da cidade.



Na versão da Rede Globo, a personagem Emilia, a boneca gente, também foi vivida por três atrizes em épocas diferentes: Dirce Migliaccio(Emília em 1977), Reny de Oliveira (Emília de 1978 a 1982) e Suzana Abranches (Emília de 1983 a 1986)



Algumas atrizes também fizeram a Cuca, mesmo que sua fantasia a impedisse que fossem percebidas pelas crianças. Foram eles: Dorinha Durval (cuca de 1977), Setlla Freitas (cuca de 1978 a 1980), Catarina Abdalla (cuca de 1981 a 1984) e Rosana Israel.


Falando na cuca, era de arrepiar e meter muito medo a caracterização da grande bruxa das matas, que tinha forma de jacaré, naquela época. Quantas crianças morriam de medo da cuca?! No Sitio, a tia Nastácia tinha verdadeiro horror da bruxa jacaroa.



Em 1980 Rosana Garcia e Júlio César também deixaram o programa. Motivo: estavam crescidos demais para intepretarem Narizinho e Pedrinho. Para ocupar seus lugares foram escolhidos entre milhares de candidatos Daniele Rodrigues (que teve seu nome alterado para Daniela na abertura do programa) e Marcelo Patelli (cujo nome foi alterado para Marcelo José). O novo casal também seria trocado anos mais tarde. Uma outra mudança ocorrida na mesma época da primeira troca de crianças foi a da atriz que interpretava a Cuca. No lugar de Stela Freitas entrou a atriz Catarina Abdalla que foi a Cuca de 1981 a 1984, pois teve que sair para fazer parte do elenco fixo da série "Armação Ilimitada".



Marcelo José e Daniela Rodrigues, foram os novos Pedrinho e Narizinho, que entraram no Sítio a partir de 1981. Foi grande a expectativa do publico, em relação aos novos atores mirins que iriam viver dois dos personagens principais da série de sucesso da Rede Globo. Eles superaram as expectativas sem deixar a desejar para Júlio César e Rosana Garcia.



O curioso, era que, as crianças que assistiam o programa, não rejeitavam as mudanças sofridas em relação as trocas dos atores que viviam as personagens principais. Mesmo com todas essas trocas de Pedrinho e Narizinho, durante a fase de crescimento dos atores, o sítio não deixava de conquistar novos adeptos, ao longo do tempo e os adultos também se tornaram seus grandes admiradores, ao mesmo tempo que não se preocupavam com as trocas dos atores mirins. Fato que se tornou esperado pelos telespectadores daquela época.



Zilca Salaberry(Dona Benta), Jacira Sampaio(tia Nastácia) e André Valli(Visconde de Sabugosa), foram a atores que prevaleceram até o termino desta fase do programa na Globo.


Durante os anos seguintes, após o término da produção da série, Zilka Salaberry sempre expressou seu desejo em poder reviver a personagem Dona Benta, a mais marcante de sua carreira como atriz, fato que nunca chegou a acontecer.


Por incrível que pareça, a atriz havia recusado o convite para interpretar a personagem, justificando que não queria trabalhar no campo, porém, a Globo impôs que ela aceitasse o papel que acabou marcando com louvor sua carreira que a tornou a vovó mais querida de todo Brasil.



A adaptação mais conhecida e exportada para o mundo todo foi a da Rede Globo, de 7 de março de 1977 a 31 de janeiro de 1986, sobretudo para países de língua portuguesa. Por incrível que pareça, também houve uma censura em Angola, por pensarem que a Tia Nastácia era uma escrava.



Os bonecos eram todos brasileiros criados por Rui de Oliveira e Marie Louise Neri. A trilha sonora foi dirigida por Dori Caymmi e era formada por temas essencialmente nacionais, ressaltando a mitologia e o folclore. Destaca-se a música tema da abertura composta por Gilberto Gil, "Sítio do Picapau Amarelo".



Nesta versão, os personagens ficaram imortalizados pela interpretação dos atores. O elenco principal no primeiro ano do programa era composto por Zilka Salaberry (Dona Benta), Dirce Migliaccio (Emília), Jacyra Sampaio (Tia Nastácia), Rosana Garcia (Narizinho), Júlio César Vieira (Pedrinho), André Valli (Visconde de Sabugosa), Samuel Santos (Tio Barnabé), Dorinha Duval (Cuca), Romeu Evaristo (Saci), Ary Coslov (Jabuti), Germano Filho (Elias Turco), Jaime Barcellos (Coronel Teodorico), Tonico Pereira (Zé Carneiro), Canarinho (Malazarte ou Garnizé) entre outros.



Elenco de 1985 e 1986 (com novos atores interpretando Pedrinho- Daniel Lobo e Narizinho-Gabriela Senra ) Nesta nova fase, o programa tentou fazer um contraste entre o figurino rural dos personagens do sítio e o moderno de Pedrinho e Narizinho, que chegavam de férias da cidade grande.



Dircy Migliaccio, foi a primeira atriz da Rede Globo, a viver o papel da boneca Emilia, porém, foi a atriz que menos durou no papel, na versão da emissora carioca. Dircy ficou no papel apenas no ano de 1977, dando lugar a Reny de Oliveira. A atriz Patricia Travassos chegou a ser cogitada para viver Emilia, papel que acabou nas mãos de Dircy Migliaccio, que havia conquistado o carisma das crianças na época, através de “Pluft, o fantasminha”.



Reny de Oliveira foi a atriz que ficou mais tempo, vivendo a boneca falante Emilia e que também conquistou mais admiradores através de seu trabalho. Determinada, ousada e cheia de trejeitos, chegando a mudar perfeitamente sua voz, para melhor compor a personagem, a atriz, sem duvida alguma, foi a mais marcante das Emilias de todas as fases da série, produzida pela Rede Globo. depois de vários anos, vivendo o mesmo papel, Reny começou a entrar numa crise de identidade e logo apareceu o desejo de se despedir da personagem. A atriz começou a sentir vontade de fazer outros trabalhos, como novelas por exemplo, pois queria fazer personagens que pudesse mostrar sua própria face que não fosse através de uma maquiagem carregada como da Emilia. Em seguida, Reny aceitou pousar nua para a revista Playboy, fato que acabou por afastá-la da série, já que a atitude vinha contra os princípios de sua personagem, intimamente relacionada para as crianças. Em 1983, a atriz fez uma participação especial, nos últimos capítulos da novela “Final Feliz”, vivendo Bartira, a verdadeira filha do pescador Mestre Antonio, vivido pelo ator Stênio Garcia. Atualmente, Reny vive nos Estados Unidos, exercendo a função de psicóloga de um SPA que ela própria montou. Ela se casou com um americano e agora se chama Reny Burrows.



Reny de Oliveira se despedindo da personagem Emilia, em princípio de 1983. Na foto, Reny está abraçada com Suzana Abranches, já caracterizada no papel da boneca Emilia.



Outra despedida aconteceu um ano antes, em 1980, quando Julio César e Rosana Garcia, deixaram a série e seus personagens Pedrinho e Narizinho, para dar lugar a Marcelo José e Daniela Rodrigues.


Em 26 de janeiro de 1981 o "Fantástico" fez uma matéria apresentando os novos Pedrinho e Narizinho, interpretados por Marcelo José e Daniela Rodrigues. Confira o vídeo:




Suzana Abranches, assumiu o posto, logo após a saída de Reny, que entrava numa crise de identidade, depois de vários anos no papel de Emilia. A personagem vivida por Suzana Abranches, também não deixava nada a desejar, porém, as diferenças eram nítidas, em relação a Emilia vivida por Reny de Oliveira.



André Valli viveu o personagem Visconde de Sabugosa, desde o começo da série produzida pela Rede Globo, em 1977, até o término em 1986. O ator, encarnou, literalmente o personagem, tanto que, até sua morte, sempre era lembrado como o Visconde do Sítio, mesmo tendo realizado outros trabalhos em novelas e minisséries da Globo ou na Record.



O Sitio tinha personagens secundários, porem com grande propriedade e importância na série, como Tio Barnabé e o coronel, que era a figura fiel de Monteiro Lobato.



Como tudo no Sítio, era mágico, impossível não esquecer o famoso Reino das Águas Claras, onde morava o Príncipe Escamado, o Dr Caramujo e muitos outros personagens deste reino encantado. Foi no Reino das Águas Claras, que Narizinho levou Emilia para o Dr Caramujo dar uma pílula falante e que deu vida a boneca.



Os besourinhos da Emilia, eram os seus espiões e mensageiros prediletos. Sempre trazendo noticias fresquinhas para a marquesa de rabicó.

No Sítio, também existia um burro falante, que todos o chamavam assim mesmo. O curioso é que o ator José Mayer, era quem dublava a voz do burro, a partir de 1981. Antes, o animal era dublado por Ivan Setta.



Arraial de Tucanos era o nome da fictícia cidade da série. No Arraial localizava-se o comercio da cidade, como a mercearia de Elias, personagem inicialmente vivido pelo ator Germano Filho que foi substituído por Francisco Nagen em 1978, ficando até 1986. O Arraial de Tucanos ainda tinha uma barbearia, uma farmácia, a igreja da cidade e a casa da beata Dona Esperança. Carlos Izaias Adib viveu o carteiro, Waldir Maia viveu Quirino e Lajar Muzuris foi Seu Boticário.



A série fez tanto sucesso, que o elenco principal chegou a fazer algumas apresentações Brasil a fora. A turma do Sitio também chegou a lotar o maracanã num show.



Não podemos deixar de falar da versão dos anos de 1970 e 1980, do Sitio do Picapau Amarelo, sem mencionar o nome de Sérgio Mattar, um dos grandes diretores da série, de fundamental importância para o crescimento e sucesso desta produção para a TV. Na Foto à esquerda, Sérgio Mattar está ao lado de Júlio César (Pedrinho) e o ator que interpretou o David, no episodio “David e Golias”. Na foto à direita, Ele dirige André Valli, o Visconde de Sabugosa.



O saudoso Geraldo Casé, foi o grande diretor desta maravilhosa produção da Rede Globo.



Ao longo dos anos, vários atores Globais, participaram de episódios do programa, entre eles:
Gabriela Alves - Anjinho da Asa Quebrada
Zezé Macedo - Dona Carochinha
Dario Reis - Capitão Gancho
Mírian Rios - Branca de Neve
Mário Cardoso - Principe da Branca de Neve (1978), da Rapunzel (1981) e a Fera de A Bela e a Fera (1982)
Lúcia Alves - Ariadne
Gracindo Júnior - Teseu
Lucinha Lins - Rapunzel
Bia Lessa - Cuquinha, Dona Benta tranformada em adolescente e Ordélia.
Maitê Proença - Bela
Cláudio Correia e Castro - Sr. Gepeto
Daniel Filho - Tom Mix
Cininha de Paula - tia da Bela Adormecida e Morfélia (irmã da Ordélia)
José de Abreu Barba Azul


Episódios

1977
O picapau amarelo
A Cuca vai pegar
João faz de conta
O anjinho da asa quebrada
Peninha , o menino invisível
O terrível pássaro roca

1978
Cupido maluco
A raiz milagrosa
Os piratas do Capitão Gancho
O minotauro
A Reinação atômica
A morte do Visconde
Memórias da Emília
Quem tem boca vai a Roma
O outro lado da lua


1979
Dom Quixote, o cavaleiro da triste figura
O curupira
Quem quiser que conte outra
Olhos de retrós
O gênio da lâmpada
Emília, Romeu e Julieta
O casamento da raposa
Davi e Golias
O rapto do rabicó


1980
A santa do pau oco
Não era uma vez
A sacizada
A rainha das abelhas
A galinha dos ovos de ouro
O dia em que a Emília morreu
Elementar Emília
A máscara do futuro


1981
A chave do tamanho- um episódio fantástico. Interessante as cenas em que a turma do sítio, diminuía de tamanho e iam morar dentro de uma caixa de fósforo.
O fazedor de milagres
O espelho da Cuca- um episódio hilário
As caçadas de Pedrinho
Entrou por uma porta e saiu por outra
Rapunzel
Abu kir e Abu sir
O pé de feijão
O homem que quis laçar Deus
O nascimento do saci


1982
A sobrinha da cuca
Ali Baba, Emília e os quarenta ladrões
A bela e a fera- destaque para atriz Maitê Proença
A canastra da Emília
Pinóquio
A grande vingança da Cuca
A chave particular do tamanho
Os besouros da Emília
O rapto das estrelas
Um estranho conto de fadas
Aí vem Tom Mix
Reinações de Narizinho


A partir de 1983, os episódios passaram a ser mais longos. Entre eles, tivemos:
1983
Viagem ao céu
Robinson Crusoé
A guerra dos sacis
Califa por um dia
O gato Félix
Emília Borralheira
O burro falante


1984
A arca da Emília
A reinação do esperto come esperto
A volta do anjinho
Visconde de sabugosa
Barba azul, o cara de coruja


1985
O enigma enigmático
1986
A trilha das araras


A trilha sonora foi feita por compositores de peso e representados por grandes nomes da música popular brasileira como, Gilberto Gil, João Bosco, Doces Bárbaros, Jards Macalé entre outros. Em 1979 foi criada uma nova trilha sonora, desta vez os próprios atores participavam do disco representando seus respectivos personagens da tv, já em 1983 o compositor Ricardo Vilas criou uma trilha complementar para os personagens, tendo no disco nomes como Gonzaguinha, Beto Guedes e Nana Caymmi.

1977

1979

1983



O Crescente sucesso da turma do sítio, através da literatura de Monteiro Lobato, gerou um filme em 1951 com o título de O Saci, com direção de Rodolfo Nanni e Nelson Pereira dos Santos. Na história, a turma encontra um dos mais famosos personagens da lenda brasileira. No elenco estavam: Olga Maria que seria a primeira atriz a dar vida a personagem Emília, a boneca gente, além de outros atores como Livio Nanni (Pedrinho), Aristéia Paula Souza (Narizinho),Maria Rosa Moreira Ribeiro (Dona Benta), Benedita Rodrigues ( Tia Nastácia), Otávio de Araújo (Tio Barnabé), M.Meneguelli (Cuca),Yara Trexler (Yara), e Paulo Matosinho ( Saci).


Primeira versão da Cuca na televisão: 1951 no filme O Saci, a atriz M.Meneguelli interpretou a Cuca, uma velha com cara de bruxa.
Apresentar a Cuca como uma jacaroa de peruca loira foi uma criação dos produtores do sítio de 1977. Embora descerva dessa maneira no livro, Lobato não deixa claro se a Cuca do Sítio é uma velha com cara de jacaroa ou uma jacaroa com cara de velha. Seja como for, essa imagem foi imortalizada e até hoje se usa nas adaptações, com exceção do episódio de 2007, onde a Cuca era interpretada por Solange Couto, com pele verde e dentes pontudos. Antes de 1977, a Cuca já havia aparecido no filme O Saci(1951), mas a atriz que fazia a cuca nesse longa a fazia com aparência de velha e não de jacaroa.





A primeira adaptação para a televisão foi exibida de 3 de junho de 1952 a 1962, na TV Tupi, ao vivo, no programa Teatro Escola de São Paulo, criado por Júlio Gouveia e Tatiana Belinky. A história escolhida para inaugurar o programa foi A Pílula Falante, um dos capítulos do livro Reinações de Narizinho. O programa ficou no ar por dez anos e foi um grande sucesso da emissora, chamando a atenção de anunciantes e se transformando no primeiro programa da TV a utilizar a técnica do merchandising. A série não tinha intervalo comercial e os produtos como biotônicos e vitaminas eram inseridos durante a história, através dos atores que viviam as famosas personagens da série de Monteiro Lobato.


Apesar de ter conquistado o público e os patrocinadores, a produção da série era reduzida a um único cenário fixo, a varanda do sítio, na qual ocorria a maioria das cenas. Os demais eram montados na hora dependendo das exigências da cada história. Também não havia efeitos especiais e muitos das mágicas, precisavam ser adaptadas aos recursos da época. A principal era a viagem no tempo e no espaço proporcionada pelo pó de Pirlimpimpim. Para quem não sabe, este é um pó mágico capaz de levar a turma do Sítio a qualquer lugar, seja na Roma antiga ou na atual São Paulo. Para caracterizar seus efeitos, os atores cheiravam um pouco de pó, cujo efeitos deixava-os tontos. A câmera perdia o foco e ao retornar, apresentava os personagens em um novo cenário, para o qual os atores corriam enquanto estavam fora de foco. É claro que isto era feito antes das drogas alucinógenas tornarem-se populares.


Cada episódio tinha a duração de 45 minutos. Iniciado com o tema da música “Dobrado”, composta por Salatiel Coelho, e com imagens de Júlio Gouveia abrindo um livro para contar uma história. Ao final o episódio terminava com a imagem de Gouveia fechando o livro. Mas a série encerrou a produção em 1962, com um total de 360 episódios, quando Júlio Gouveia afastou-se de seu trabalho na televisão.

No elenco, Lúcia Lambertini vivia a primeira Emília da TV, assim como David José que foi o Pedrinho, Edy Cerri deu vida a Narizinho, Rubens Molino era o Visconde de Sabugosa, Sydneia Rossi a Dona Benta e Benedita Rodrigues a Tia Nastácia.



Em setembro de 1957 a série estreou na TV Tupi do Rio de Janeiro, dirigida por Mauricio Sherman. Lúcia Lambertini também vivia Emilia na TV Tupi do Rio de Janeiro, respectivamente com a série produzida pela TV Tupi de São Paulo. No elenco, nomes como André José Adler era Pedrinho, Leny Vieira era Narizinho. Completando: Iná Malaguti (Dona Benta), Zeni Pereira (Tia Nastácia), Elísio de Albuquerque (Drº Caramujo) e Daniel Filho, em seu inicio de carreira, vivendo o inteligente sabugo de milho, Visconde de Sabugosa.
Adler como Pedrinho da primeira versão do Sítio do Picapau Amarelo produzida
pela TV Tupi do Rio de Janeiro
André José Adler fez o primeiro Pedrinho do Sítio do Picapau Amarelo na TV Tupi do Rio de Janeiro, ainda em 1957. Vale lembrar que o sítio já existia em São Paulo e quem fazia o papel era David José.

O artista lembra da felicidade que sentiu no momento em que recebeu a notícia de que seria o Pedrinho. “Eu já tinha lido quase todos os livros da série de Monteiro Lobato. Sempre quando eu lia um livro, me identificava com um dos personagens, e, claro, eu era o Pedrinho na minha cabeça. Quando saíram as primeiras notícias de que o Sítio seria feito no Rio, fui perguntar ao Sherman quem faria o Pedrinho. E ele disse: quero ver um brilho nos seus olhos!”, relembra. “O brilho apareceu. Ele disse: o Pedrinho vai ter sempre que ter este brilho. Vai ser você! Bem, se eu lembro desses detalhes dá para imaginar a alegria que senti”, completa.


Segundo Adler, o Sítio trouxe felicidade, mas também gerou uma das maiores decepções de sua vida artística. “O programa foi uma das minhas maiores alegrias e também uma das minhas maiores tristezas. Fiz o personagem por menos de seis meses, porque entrei numa rápida fase de crescimento e fui substituído por um menino mais novo, o saudoso Paulo Benchimol, que foi muito meu amigo”, relata.



Em 1964, a atriz e diretora Lúcia Lambertini trouxe a série para a TV Cultura de São Paulo. Ela foi produzida durante seis meses mas não repetiu o sucesso alcançado na TV Tupi. No elenco os mesmos atores da versão da TV Tupi viviam Emilia, Narizinho e Pedrinho. Já o Visconde era interpretado por Roberto Orosco, Dona Benta por Leonor Pacheco e Tia Nastácia por Isaura Bruno.



Em 12 de dezembro de 1967, Júlio Gouveia e Tatiana Belinky traziam o Sítio de volta à TV, agora pela TV Bandeirantes e com o patrocínio do Bolo Pullman.


A série ganhava o cenário de um sítio de verdade e ganhava um tema de abertura assinado por Salatiel Coelho, além de usar o recurso do vídeo-tape. Cada episódio tinha 30 minutos e a série ficou no ar por dois anos, até 1969.


Os atores começaram a ser substituídos por outros no decorrer do seriado e Zodja Pereira assumiu a Emília, Silvinha Lanes a Narizinho e Ewerton de Castro o Visconde de Sabugosa.

Trilha Sonora 1960

LADO 1 - A PÍLULA FALANTE

LADO 2 - O CASAMENTO DA EMÍLIA


Com Lúcia Lambertini e Elenco

Músicas de Milton Luiz Arruda Paes

Narração e Direção de Júlio Gouveia



Em 1974, a obra de Lobato foi levada novamente ao cinema, desta vez com direção de Geraldo Sarno , no elenco Cid Ribeiro, Gina Izzo, Iracema Alencar,Zeni Pereira, Joel Barcelos, Leda Zepellin, Carlos Imperial e Gianni Ratto.

Na historia, o pessoal do Sitio do Pica-pau, recebe uma carta do Pequeno Polegar anunciando sua visita. Mas com ele chegam Tom Mix, Barão de Mucchausen, La Fontaine, Hercules, Dom Quixote e Sancho Pança, que fazem uma grande festa a qual é interrompida pelo Capitão Gancho, furioso por não ter sido convidado.



Em julho de 2000, a Rede Globo assinou um contrato de 10 anos com os herdeiros de Monteiro Lobato, para produzir uma nova adaptação para a televisão, das histórias do Sítio do Picapau Amarelo, e no dia 12 de outubro de 2001, passou a exibir-la. O programa começou sendo exibido dentro da TV Globinho, mas depois ganhou seu próprio horário na grade de programação da Globo. Inicialmente foram adaptados os livros, depois foram utilizados os mesmos personagens em novos argumentos e histórias.


Nesta versão, a boneca Emília, foi interpretada por uma criança, a atriz mirim Isabelle Drummond. Ao contrário do que muitos pensam, Isabelle não foi a primeira "atriz criança" a interpretar a boneca Emília em uma obra audiovisual; antes dela, a Emília já havia sido interpretada por uma pequena menina chamada Olga Maria, em um filme em preto e branco de 1951, intitulado O Saci (filme), dirigido por Rodolfo Nanni, e baseado no livro "O Saci" de Monteiro Lobato. Isabelle na verdade, foi a primeira criança a interpretar a Emília em uma série de televisão. Com exceção do filme "O Saci", e da versão dos anos 2000, a boneca Emília havia sido interpretada por atrizes adultas, nas outras quatro versões para a TV. Inclusive a versão de 2001, parece ter se inspirado um pouco no filme de 1951, a começar pelo fato da Emília ser interpretada por uma criança, e ser menor do que a Narizinho. Há também uma cena, onde o Saci Pererê, encontra um fio de cabelo preso no pente da sereia Iara, cena que era originalmente do filme de 1951, e foi reaproveitada e refilmada para a série de 2001 (pois na história original do livro, o Saci pulava na cabeça da Iara, e arrancava o fio de cabelo para levar para a Cuca).


Uma outra coisa diferente na versão de 2001, é que a personagem Tia Nastácia agora era vivida por uma atriz mais magra, Dhu Moraes. Porém, a personagem "Nastácia" era mais conhecida popularmente pela a imagem de um mulher gorda, tanto pelas ilustrações dos livros como em outras adaptações para TV e cinema; por causa disso algumas temporadas depois, a produção pediu que Dhu Moraes engordasse um pouco, e usasse um pouco de enchimento no vestido. O curioso é que a "Tia Nastácia" do livro era inspirada em uma mulher magra, chamada "Anastácia", que realmente existiu e trabalhava na casa de Monteiro Lobato, como cozinheira e babá dos filhos dele. Ela é descrita como uma negra alta, magra, de canelas e punhos finos. Quando vivo, Monteiro Lobato contou ao jornalista Silveira Peixoto em uma entrevista, que se inspirou nela para criar a personagem de seus livros.

Nos primeiros episódios, eram usados efeitos especiais de Chroma Key para que o Visconde de Sabugosa, parecesse ter mesmo o tamanho de um sabugo de milho. Mas no final de 2002, essa técnica foi deixada de lado, porque no programa, o Visconde tomou uma pitada de fermento, e ficou do tamanho de uma pessoa normal. Durante os anos de 2001 até 2004, o Visconde era interpretado pelo ator Cândido Damm, que nesta versão, deu um padrão de voz "bem grossa" ao personagem.


Visconde de Sabugosa, ainda foi vivido pelos outros dois atores que interpretariam o personagem nas temporadas seguintes, Aramis Trindade em 2005 e 2006, e Kiko Mascarenhas em 2007. A diferença entre a voz dos três era que, o Visconde do Cândido Damm tinha um leve sotaque carioca, enquanto o Visconde de Aramis Trindade falava com um forte sotaque paulista, o terceiro interprede, Kiko Mascarenhas, também tentou manter o sotaque paulista que Aramis Trindade fazia para o personagem.


A nova versão do Sítio, pôde trazer de volta o "Pó de Pirlimpimpim", que na versão anterior de 1977, havia sido transformado em um tipo de "palavra mágica" para evitar comparações com a cocaína; deste modo, os moradores do Sítio apenas gritavam: "Pirlim Pim Pim" para viajarem de um lugar para outro. Nos livros de Monteiro Lobato, o Pó de Pirlimpimpim era aspirado com o nariz pelos personagens; já na versão de 2001 ele passou a ser um pó jogado em cima das cabeças dos personagens, assim como o "Pó Mágico" da Sininho, do livro Peter Pan de J.M. Barrie.


Outra coisa que havia sido censurada na versão dos anos 70, e foi trazida de volta na nova versão, é o costume que Emília tem de inventar suas próprias palavras. A censura da década de 70, não permitia que a Emília da TV alterasse ou falasse palavras da gramática a seu próprio modo, como: "Bissurdo", "Arimética", ou "Obóvio".


A primeira temporada, durou do final de 2001 até o ano de 2002, contando as histórias de Monteiro Lobato, depois naquele mesmo ano, após as histórias dos livros terem acabado, iniciou-se outra fase do programa, com novas histórias feitas para a televisão. Igual a primeira versão da Rede Globo em 1977, o Sítio de 2001 também teve histórias criadas somente para a TV, além das criadas por Monteiro Lobato. Mas, no caso da versão 2001, as tramas dos livros de Lobato acabaram mais depressa, pois, na primeira temporada as histórias eram contadas em um rítimo mais rápido, parecido com o de um desenho animado, e cada livro durava uma semana para ser contado (ou duas, como em Os Doze Trabalhos de Hércules). Já na versão dos anos 70, as histórias demoravam mais tempo sendo adaptadas para TV, com alguns textos tirados dos livros e outros criados para a televisão, e duravam normalmente um mês.


A fantasia da "Cuca", teve quatro fases desde 2001 até 2007, na primeira a personagem era bem magra e tinha o cabelo todo penteado, e usava um vestido vermelho com uma capa que lembravam a roupa da madastra da Branca de Neve; na segunda fantasia em 2003, a Cuca ficou mais gorda, com cabelos soltos e mais compridos, e uma nova roupagem amarela e verde. A terceira mudança ocorreu no ano de 2005, deixando-a mais parecida com a Cuca do Sítio dos anos 70; a terceira Cuca é considerada a melhor das quatro versões, era feita de um material de borracha, que a deixava mais realista e assustadora. A fantasia de 2005 se tornou mais elaborada do que as anteriores, a Cuca ganhou olhos amarelos com pupilas e veias vermelhas; e um focinho mais comprido, com muitos dentes pontudos; ganhou também um "barrigão" listrado, e pés com unhas afiadas, além de uma longa cabeleira loira. (Nota: A fantasia da Cuca de 2005 era tão parecida com a da versão de 1977, que em 2008, quando foram lançados DVDs do "Sítio dos anos 70", foi usada por engano, uma foto da Cuca de 2005 no menu do DVD junto com as fotos dos atores da antiga versão de 1977).


A quarta e última mudança da Cuca aconteceu em 2007, diferente de todas as adaptações televisivas que já haviam sido feitas com a personagem, a Cuca dessa vez não era mais um boneco de jacaré com cabelo loiro, mas sim a atriz Solange Couto com maquiagem no rosto e dentes pontiagudos, usando um macacão verde.


Em 2007, a Globo produziu uma nova versão do Sítio. Com a saída de Isabelle Drumonnd, que deixava de viver a boneca Emilia, entrava a atriz Tatyane Goulart, para viver o mesmo papel, voltando a ser interpretado por uma adulta, como as outras produções da TV.
Bete Mendes foi a Dona Benta, Kiko Mascarenhas viveu o sabugo inteligente, Visconde de Sabugosa e ainda: Solange Couto (Cuca), Rosa Marya Colin (Tia Nastácia), Vitor Mayer (Pedrinho), Raquel de Queiroz (Narizinho), Fabrício Bolivieira (Saci), Gésio Amadeu (Tio Barnabé), Ricardo Toste (Rabicó), Humberto Carrão (Caipora).


Duda Ribeiro e Gustavo Gasparini viveram os caipiras Jeca Tatu e Ze Cabreiro, respectivamente. Eles trabalhavam no sítio de Dona Benta.


Esta versão também contou com uma cidade cenográfica que retratava a fictícia cidade de Arraial dos Tucanos, cidade esta que também fazia parte da versão produzida pela Rede Globo, nos anos de 1980. Por sinal, esta ultima versão, foi a que mais se pareceu com as antigas versões da Globo para o Sítio. Agildo Ribeiro, Renato Borghi, Ery Johnson, Nelson Xavier, Catarina Abdalla, Juliana Galvão, formavam o elenco do Arraial e Aramis Trindade, que já havia vivido o Visconde no ano anterior, voltava com um novo papel: o barbeiro Libério...





Fontes:
ARQUIVO MUNDO NOVELAS

Obra de Monteiro Lobato
Mundo Mágico de Monteiro Lobato
Rede Globo
Wikipédia