A Série.
A série foi uma adaptação de Paulo Afonso Grisolli e Wilson Rocha da obra homônima de Monteiro Lobato, uma das mais originais da literatura infanto-juvenil brasileira. Com direção de Geraldo Casé e supervisão de Edwaldo Pacote.
Dirigido especialmente ao público infantil, o programa unia entretenimento a um conteúdo de informação e instrução, sem adotar uma linguagem didática. Os capítulos tinham cerca de 30 minutos de duração e procuravam recriar a obra de Monteiro Lobato, adaptando-a para o formato da televisão.
A série, que estreou no dia 7 de março de 1977, procurou conservar o conteúdo rural, característica da produção de Monteiro Lobato, permitindo criar uma ligação maior das crianças com a natureza. Assim como tiveram a preocupação de respeitar a obra de Monteiro Lobato, os autores procuraram aproximar o programa da realidade e linguagem da época, não esquecendo as diferenças entre o Brasil de 1977 e o da década de 1930. Era preciso manter o aspecto rural, sem esquecer a grande parcela da população infantil das cidades grandes, para quem a informação sobre o meio urbano também era importante. Para isso, o personagem Pedrinho tornou-se a ligação do sítio com a cidade.
Como exemplo de preocupação com a atualidade dos episódios, o diretor Geraldo Casé conta que colocou um aparelho de televisão na sala de Dona Benta, embora nem sempre fosse ligado. Apesar dessas medidas, o programa procurava ser atemporal. Houve ainda a preocupação de não urbanizar demais a parte rural, para não se perder o contraste vivido por uma criança que sai do centro urbano e vai para um sítio.
A Produção.
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O Centro Brasileiro de Televisão Educativa (TVE), com apoio financeiro do então Ministério de Educação e Cultura (MEC) e apoio material da Rede Globo – Rio de Janeiro, realizou o projeto de veicular novamente o programa Sítio do Pica pau Amarelo. A única condição exigida pela Rede Globo é que o seriado fosse primeiramente exibido por ela. A princípio, o idealizador do programa, Geraldo Casé, apresentou uma série com apenas uma semana de duração. Mais tarde, a pedido do então diretor geral da Rede Globo, José Bonifácio Sobrinho, o Boni, continuou a ser transmitido por mais nove anos.
Foi um dos mais bem produzidos programas infantis para a tevê do mundo, feito com uma riqueza de detalhes, partindo da elaboração das histórias que eram selecionadas por roteiristas como: Benedito Ruy Barbosa, Marcos Rey, Wilson Cunha e Sylvan Paezo e supervisionado por uma equipe de psicólogos e pedagogos. Entre as tramas do Sítio do Pica-pau Amarelo as crianças tinham lendas, fadas e bruxas, tudo com um jeito puro e fantasioso.
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Os cenários foram criados por Arlindo Rodrigues e locações eram especiais, até um sítio foi construído em Barra de Guaratiba, tudo para criar uma imagem bem brasileira, e que Monteiro Lobato sempre valorizou nos seus 23 livros de literatura infantil. Os episódios eram rodados quase sempre em três cenários: A casa da Dona Benta, um lugar aconchegante com cheirinho de família; a casa dos empregados do Sítio, um lugarzinho muito humilde e pouco arrumado e a Floresta, onde tínhamos a caverna tenebrosa da Cuca.
Técnicas de efeitos especiais foram utilizadas pela produção do Sítio do Pca-pau Amarelo, como o chromakey – recurso que permite que a imagem captada por uma câmera possa ser inserida sobre outra, criando-se a impressão de primeiro plano e fundo. Assim, podiam aparecer na tela personagens de tamanhos diferentes.
Mudança na Equipe.
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Júlio César e Rosana Garcia deixaram o elenco do programa na última história levada ao ar em 1980 – que teve 30 capítulos e se chamou A máscara do futuro. Os dois estavam muito crescidos para os papéis de Pedrinho e Narizinho. Para escolher seus substitutos, a Rede Globo promoveu uma campanha e recebeu cerca de 7.000 cartas de crianças de todo o país. Depois de dezenas de entrevistas e testes, Daniele Cristina Rodrigues e Marcelo José Patelli foram os escolhidos e, no ano seguinte, já integravam o elenco da série.
Em 1981, Catarina Abdala substituiu Stela Freitas no papel de Cuca, personagem que interpretou até 1986, quando o seriado infantil saiu do ar. Também em 1981, Fabio Sabag passou a dirigir o programa, que permaneceu sob a direção geral de Geraldo Casé.
Em 1983, no sexto ano de existência do Sítio do Pica-pau Amarelo, a direção era de Fabio Sabag e Roberto Vignatti, com texto de Wilson Rocha, Sylvan Paezzo e Marcos Rey. A grande novidade daquele ano foi a entrada de Suzana Abranches para viver Emília e de Izabela Bicalho como Narizinho. Nessa época, retomavam-se as histórias de no mínimo 20 capítulos.
No oitavo ano de existência, foram feitas poucas modificações no programa. A partir de 19 de março de 1984, o horário foi alterado e o infantil passou a ser exibido às 16h45. Outra novidade foi a reprise dos capítulos na parte da manhã, às 8h, que começaram a ser exibidos em 26 de março. O objetivo da mudança era ampliar o público espectador, e atingir não só a faixa infantil, mas também adolescentes e adultos. Outra modificação da época diz respeito ao processo de gravação. Realizaram-se mudanças para que as histórias pudessem ser totalmente gravadas na locação fixa do Sítio, com todos os interiores e exteriores.
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A última história inédita do Sítio do picapau amarelo foi exibida em 20 capítulos, em janeiro de 1986. O tema escolhido para o programa, chamado A trilha das araras, foi a ecologia, e teve direção geral de Geraldo Casé, com texto e direção de Fabio Sabag, produção educacional de Maria Tereza Sá Martins e direção de produção de Ruy Mattos.
A História.
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A doce Narizinho cria um mundo de fantasias onde brinca, aprende e se diverte. Durante uma de suas aventuras pelo Reino das Águas Claras, a boneca Emília toma uma pílula e começa a falar, transformando-se numa boneca esperta e cheia de idéias, que quer saber todos os 'porquês' da vida. Meio boneca, meio gente, Emília é tagarela e cheia de personalidade e sempre encontra a forma ideal para solucionar os problemas que aparecem em seu caminho.
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sábado, 19 de outubro de 2013
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